quinta-feira, 28 de julho de 2016

Jornalismo e Imprensa: A cobertura da Fórmula 1 apegada a discussões menores e longe da questão principal

"Não se contentar com pouco é uma virtude, é quase um mandamento para quem exerce o jornalismo, seja ele esportivo ou não"



A seção 'Jornalismo e Imprensa' estreia neste espaço, e confesso que já chega como uma das minhas preferidas... Afinal, como jornalista é difícil ficar avesso aos caminhos e filosofias adotados por veículos de comunicação em torno do esporte, mais especificamente do automobilismo.

São vários os temas discutidos em torno da Fórmula 1 neste período entre os GPs da Hungria e Alemanha – alguns deles já se estendem por semanas. Há na cobertura feita por televisões e sites (ao menos aqueles que valem a pena serem lidos) um enfoque a determinados assuntos que acabam por ganhar uma repercussão que outros tópicos, mais relevantes, não conquistam. Alguns temas podem até ser ligeiramente mais interessantes ou importantes para o futuro da Fórmula 1 do que outros.

Mas me chama a atenção a ausência nas coberturas das perguntas que realmente importam....

Hoje, os principais focos que a imprensa especializada repercute giram em torno dos limites da pista, das conversas de rádio entre boxe e piloto e da redução suficiente ou não de velocidade de um carro em trecho de bandeira amarela. Alguns desses temas já nos propusemos a discutir, como a questão que envolve o rádioembora o foco da discussão esteja a meu ver equivocado por parte da mídia em geral.

Em outras questões, a pauta é alimentada pela falta de critério nas regras e aplicações das mesmas - por exemplo, basta que existam zebras que evitem que o carro ganhe velocidade fora da pista para o problema dos "track limits" encerrar-se definitivamente.

Mas já que muitos se encontram com o espírito questionador (o que é sempre algo positivo, diga-se), já que a imprensa tem sido tão insistente em alguns aspectos, por que não focar na discussão que deveria ser a mais construtiva, e certamente a mais valiosa para o futuro da Fórmula 1: como deixar as corridas melhores? Não seria esse um tema muito mais importante, muito mais relevante para o público e digno de se empunhar o microfone diante daqueles que respondem pela categoria?



A temporada de 2016 pode não estar sendo a pior dos últimos anos. Certamente temos visto alguns fatos muito interessantes nas 11 corridas disputadas até aqui esse ano. Mas tratam-se exatamente disso: fatos isolados.

Pergunte a si mesmo, leitor, o que mais lhe agrada mais nesse campeonato da Fórmula 1 até aqui? (Recomento que não apenas se pergunte, mas compartilhe as respostas no campo de comentários do post).

A disputa na Mercedes tem momentos realmente eletrizantes... O fenomenal Max Verstappen é certamente um grande atrativo para todos... Os pneus de fato trouxeram uma certa movimentação às provas, principalmente no início do campeonato.

Mas estamos vendo boas corridas, de fato? A Fórmula 1 está atraente, como esporte, durante os 300 km percorridos a cada domingo?

Podem existir aqueles que acham que sim. Mas uma análise crítica do ponto de vista de quem espera sempre por ultrapassagens, demonstrações de alta técnica e grandes atuações, concluirá que a Fórmula 1 ainda está devendo. Na minha visão, este ano está sendo superior a 2015 em termos de qualidade. Mas ainda longe do espetáculo que aquele que liga a TV ou vai para as arquibancadas merece. E entre o questionar e o contentar-se com pouco, eu escolho a primeira opção.

A maioria das corridas recentes foram provas insossas. Sim, com alguns lances dignos de um campeonato de Fórmula 1, como a disputa na Áustria (que, lembremos, salvou um GP morno, mas quem dera todo GP morno tivesse uma “salvação” como aquela), ou a disputa entre Verstappen e Rosberg em Silverstone, ou a largada na Hungria (com a manobra magnífica de Rosberg sobre Ricciardo na curva 2)...

Mas ainda é pouco...

E por isso a imprensa (sobretudo aquela que acompanha e está próxima da categoria a cada fim de semana) deveria estar preocupada com este "tema maior", e incluindo em sua pauta assuntos que certamente renderiam discussões mais proveitosas, por exemplo...

Como tornar o campeonato mais equilibrado entre escuderias? Como fazer para que em 2017 tenhamos mais ultrapassagens na pista? O que mudar nos carros para que seus materiais não sejam tão sensíveis e os façam perder rendimento quando se encontram atrás de outro monoposto? Como mudar os aspectos financeiros e comerciais para atrair mais equipes para se juntar ao circo, e com isso não passar pela sensação de “alívio” quando um time em iminente falência é comprado por um investidor? Enfim, como fazer para proporcionar um maior número de corridas espetaculares, que acontecem com pouca frequência nos últimos anos?

Não se contentar com pouco é uma qualidade que admiro em cada pessoa em que percebo essa característica. É uma virtude, e que deveria ser um mandamento para quem cobre não apenas esporte, mas qualquer editoria de um jornal. Editores e diretorias de TVs, jornais e sites que cobrem o automobilismo deveriam perceber que mesmo que se chegue à conclusão de como devem ser respeitadas as bandeiras amarelas, mesmo esclarecendo quais são de fato os limites das curvas na pista e mesmo proibindo (ou liberando) o rádio entre pilotos e equipes, o caminho a percorrer para melhorar a Fórmula 1 ainda é muito longo.

17 comentários:

  1. O que mais me agrada? Certamemte é a disputa de dois pilotos dispostos ao que for preciso para conquistar o título, mesmo que não haja liberdade pra esse tipo de coisa, seja na categoria, seja dentro da própria equipe.

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    1. Quanto a liberdade, ela certamente existiu até a Áustria. Depois, fica a dúvida... Mas ainda espero ver Hamilton e Rosberg disputando freadas em 2016!

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  2. Bom, primeiro quero dizer que estou cada vez mais, gostando desse blog, tanto a quantidade de noticias, quanto a qualidade das mesmas.
    Tenho 17 anos, e nao tenho muito tempo acompanhando a formula 1, lembro de fatos isolados (como a corrida em interlagos q Felipe Massa chegou em primeiro, mas quem levou o campeonato foi Hamilton...), logo, não posso opinar sobre o passado da f1, no quesito "qualidade de corridas", e enquanto eu lia "Mas estamos vendo boas corridas, de fato?" fiquei "encucado"....
    O erro nao esta na nossa expectativa? Pois ela sempre vai nos deixar decepcionado
    Gostaria de saber da sua opiniao Campos, por que, eu particurlamente, nao tenho muito com o que comparar, e estou adorando a temporada desse ano (o que vc chamou de fatos isolados)

    A minha visao sobre os "fatos isolados", é que sao tantos, e tao bem distribuidos entre as corridas, que estao ficando comuns, a ponto de no inicio pensar "qual o grande acontecimento que vai fazer alguem chamar mais atenção nessa corrida?"

    PS: "(sobretudo aquela que acompanha e está próxima da categoria a cada fim de semana) deveria deveria" <-- passou despercebido por muitos kkkk

    PS2: Queria deixar bem claro que admiro e respeito muito sua opinião, a ponto esse ser o unico site, que nao uma reden social, que entro com frequencia.

    Abraços

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    1. Em primeiro lugar, obrigado pela visita, Vinny. E agradeço também pelo interessante comentário que enviou. Muito bom poder saber dos questionamentos que o texto lhe causou!

      Se me permite, gostaria de lhe fazer uma humilde sugestão: não se preocupe com o passado. Essa é uma confusão que muitos fazem quando o tema é "qualidade de corridas". Pense comigo: o passado é o passado, está lá e não vai ser alterado ou recuperado. Vamos focar no presente. Querer ver corridas boas no presente não significa lembrar do passado. Assim como o fato de você não ter visto corridas em outros tempos não faz com que você não tenha direito de querer assistir boas corridas (que eu acredito que você queira, ao contrário de muitos que não se importam com isso). Veja que o máximo que voltei no texto foi em 2015, ou seja, meu foco é o presente, é o momento atual, são os carros atuais.

      Sou da opinião de que, independe de ser jornalista ou torcedor, não há mal nenhum em querer sempre assistir bons espetáculos, principalmente assistindo o principal campeonato de corridas do mundo. Ainda há muitos problemas que, se forem atacados, podem deixar a Fórmula 1 AINDA MELHOR. Pense nisso!

      Eu também acho que 2016 temos boas coisas a serem ressaltadas, mas ainda sinto falta de GPs mais emocionantes.

      Obrigado, sempre!

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    2. Na sua opinião Campos, o que seria uma "boa corrida"?

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    3. Estou considerando seriamente responder essa boa pergunta com um post. O que acha?

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    4. Uma ótima consideração, que tem o meu apoio!

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  3. É triste, mas temos, em geral, equipes jornalísticas mau montadas e/ou escaladas. Há, ao menos aqui no Brasil, uma cultura "jornalística" que acredita que qualquer locutor, ou em qualquer circunstância, poderá narrar eficientemente uma corrida. O comentarista não é parte essencial do conjunto e outros repórteres, que deveriam apoiar a transmissão, na verdade são adereços ou uma apólice de seguro do narrador para alguma informação extra-transmissão.

    É uma pena que o jornalismo especializado esteja em desuso no país em que “se ama carros”, e o nome “especializado”, hoje no Brasil, é apenas artigo de marketing... Mesmo fora da percepção de muitos, o esporte a motor perde muito com isso. Perde os velhos amantes do esporte, que nem sempre tem o privilégio de reunir todas as informações e atingir acessos que a imprensa de grande porte pode ter, perde o novo telespectador/espectador que tem, muitas vezes, uma visão distorcida de fatos que envolve esse mundo tão complexo, e por fim, perde o evento esportivo em geral que, independentemente do ditatorialismo que rotineiramente acompanha esse mundo a motor, usa como uma de suas componentes vetoriais o seu público para sobreviver.

    Mas nem tudo está perdido, mesmo sendo uma prova ocular da morte da velha mídia, vejo nascer uma leva de canais alternativos que não deixa a esperança morrer. O Alta Velocidade, assim como o Café com Velocidade, é uma prova dessa esperança!

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    1. Interessante demais o seu comentário, André! Puxou para o lado da imprensa nacional, o que é extremamente pertinente! No meu texto, o ângulo foi mais voltado para a mídia internacional, que cobre a Fórmula 1 realmente de perto - apenas mandar repórter para pista não qualifica a imprensa nacional a isso, pois você usou bem o termo "adereço".

      Mas vai ficando cada vez mais interessante a discussão que o leitor encontra aqui, não é?

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  4. Campos, bela análise de um belo assunto essa.

    Primeiramente vou considerar que você está se referindo especificamente à imprensa brasileira, certo?

    Porque, para quem nunca acompanhou uma transmissão internacional, temos sim exemplos absolutamente espetaculares de jornalismo esportivo realmente informativo. O representante máximo dessa espécie rara na Fórmula 1 é (depois do Café com Velocidade!) certamente a SkySportsF1.

    A transmissão inglesa (e não só da F1! BTCC é outro exemplo) não se reduz apenas ao mínimo necessário para que se compreenda superficialmente uma categoria. Nas transmissões de qualidade como a da SkySports existem análises e os comentaristas vão além de explicações cansativas como "os marbles, aquele macarrãozinho que forma no pneu e fica solto na pista", a "pista verde e a pista lavada", etc.

    Porém, não creio que este estigma do jornalismo esportivo brasileiro seja apenas um problema do jornalismo. Como comunicador também já me questionei a respeito e acabei por pesquisar o fato em outros esportes. Veja como é limitada também a transmissão do futebol, do vôlei, do atletismo em termos técnicos. Não falo apenas de fazer com que as pessoas entendam o esporte, mas que sejam capazes de discuti-lo mesmo, como você faz aqui no seu Blog.

    Quando vamos pesquisar, reparamos que questionamentos do futebol também não vão além de "o que você achou da arbitragem hoje, fulano?". Aliás, outro esporte que tem sofrido demais com a qualidade dos jogos e que no Brasil você só vê tocarem no assunto em conversas de bar!

    Mas aí é que chego ao ponto: As pessoas em geral seriam capazes de compreender qualquer esporte analisado profundamente?

    Precisamos lembrar que vivemos em um país onde o apoio ao esporte é pequeno. Um país onde as aulas de educação física se limitam a colocar os alunos (ALUNOS!) em contato tão superficial com o esporte quanto chutar a bola por 30 minutos no campos ou "jogar um vôlei mais ou menos" na quadra por 15 minutos até ter que entrar outra pessoa que queira jogar. Não se estuda a parte biológica do corpo de um atleta, não de estudam as regras do esporte, não se ensina um aluno o trabalho de um bom técnico, colocando apenas alguns exemplos.

    O esporte não é suportado aqui como uma carreira de valor verdadeiro. Esportistas são heróis quando fazem sucesso em esportes populares. Mas quantos não tiveram que pagar suas próprias passagens para viajar para uma competição quando estavam lá na base? Quantos desistiram por saber que nem suas universidades nem qualquer empresa investidora prestaram atenção devida à CARREIRA do esportista, deixando-o na mão naquele exato momento em que um excelente atleta precisa escolher entre torrar as finanças pessoais ou até da família ou abandonar o esporte para viver de algo que o sustente.

    Não consigo colocar a culpa totalmente nos jornalistas esportivos sabendo que vivemos em um país onde o esporte é apenas uma lazer, uma brincadeira, para a maioria das pessoas.

    (continua...)

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  5. (...continuando)

    Nos Estados Unidos, por exemplo (e, pelo amor de deus não quero ficar fazendo comparações para denegrir nenhum país. Apenas estou facilitando a compreensão) um esportista recebe apoio de sua universidade, que recebe apoio de seus ex-alunos, empresas e patrocinadores (em dinheiro!), tornando a carreira algo viável. Lá um esportista recebe o diploma de profissional esportista ou até o reconhecimento de treinador caso se dedique ao esporte ALÉM da sua formação escolhida. Um esportista é apoiado e patrocinado, recebe bolsa, só pode jogar se tiver boas notas, recebe treinamento em diversas áreas do esporte se desejar ir além do trabalho em quadra, campo, etc.

    Um time esportivo que vence um campeonato se torna uma parte realmente importante da cidade! Tenho uma amiga que foi convidada a jogar em um time de vôlei no Textas (EUA) por um olheiro que veio ao Brasil escalar jogadores para uma universidade de lá. Ela recebeu alojamento, uma bolsa de estudos da universidade (onde cursa marketing) e uma bolsa financeira para se manter lá. O time dela venceu o campeonato nacional em 2014 (se não me engano). Quando voltaram à cidade, foram chamadas para palestrar e discursar pela universidade por toda a cidade, nas placas da cidade foram colocadas descrições como "A casa do time X, vencedoras do campeonato nacional", dentre muitas outras homenagens.

    Em um lugar como este, onde as pessoas realmente vivenciam e aprendem sobre o esporte, onde as pessoas aprendem a se dedicar a isso tanto como esportistas quanto como torcedores, onde as pessoas estudam o esporte como uma matéria séria nas escolas. Em um lugar como este é possível colocar um jornalista esportivo "falando grego" sobre aquela categoria em suas análises.

    Duvido que os comentaristas e narradores esportivos do Brasil não tenham esta capacidade de analisar e comentar tecnicamente um esporte. Eles têm, com certeza. Mas seria a massa (não os apaixonados por um esporte específico) capazes de compreender e, ainda mais, de se interessar tanto pelos esportes a ponto de termos um jornalismo tão profundo assim? Esta é a realidade dos espectadores?

    Creio que não, infelizmente.

    Por isso nós, profundos admiradores de um esporte não ostensivamente popular em nosso país, temos que recorrer à mídia especializada de forma reservada, longo das mídias populares. Veículos específicos e de qualidade como Podcasts, sites como o velocidade.org e Blogs como o Além da Velocidade.

    É fácil metermos o pau na mídia neste assunto. Mas talvez o problema estrutural da educação esportiva seja um fator muito maior do que a qualidade do jornalismo esportivo em si.

    Um abraço!
    Eilor Marigo

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    1. Eilor, seu comentário dá um “cavalo de pau” de 180 graus da linha adotada por mim em meu comentário logo acima. O mais interessante é que, independentemente de fatores culturais, há uma clara subestimação da inteligência do telespectador por parte da mídia e continuo acreditando que poderia se fazer mais e melhor. Contudo, você me fez concordar com tudo que escreveu.

      Seu comentário foi sensacional, muito bom o ponto de vista que abordou!!!

      Um abraço meu amigo!

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    2. Eilor, na verdade eu não especifiquei no texto mas eu estava enfocando mais a imprensa internacional - televisões e sites, que acompanham a Fórmula 1 realmente de perto. São aqueles com "poder" de influenciar e principalmente PRESSIONAR os personagens da Fórmula 1 - ressalte-se que esse poder que citei vai do fato de muitos estarem em contato dia a dia com equipes, por exemplo.

      Sobre seu interessante comentário, digo o seguinte: a medida que a televisão se dispõe a analisar a fundo e didaticamente seu produto, qualquer que seja, ela está automaticamente inserindo conhecimento na cabeça dos telespectadores. A questão do "será que todos entenderiam" pode até ocorrer de forma temporária. Mas uma transmissão de qualidade, a meu ver, não tem contra-indicação.

      Obrigado pelo comentário, que puxa para outras vertentes, mas é riquíssimo. Vai "além da velocidade", sem dúvida!

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    3. André: perfeito o seu ponto sobre "subestimação da inteligência". A maioria das pessoas podem ser, digamos, "perdidas" em relação, por exemplo, a compreensão de um esporte? Sim. Mas a função do jornalismo é trabalhar contra isso - embora a cultura esportiva que o Eilor cita passe por outras esferas.

      Mas é o que já escrevi no post: não se contar com o nível baixo (no esporte ou qualquer área que seja) é, ou deveria ser, um mandamento do jornalismo!

      Abraços!

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  6. Valeu amigos! Estou adorando os debates aqui!

    Campos, agora entendi o ponto que você quis explanar no texto, se referindo ao poder que a mídia especializada (de fato, internacional) poderia exercer sobre o automobilismo (as categorias como entidade) em si.

    Concordo contigo no ponto original do texto. Eles poderiam mesmo questionar mais decisões e até revogações das decisões em si. A mídia poderia fazer uma papel "supervisor" das decisões em si e tudo mais. Ok, concordo.

    Mas voltando ao ponto fora do seu texto que o André e eu levantamos, acho que o JORNALISMO em si realmente não deve se pautar por baixo. Mas hoje os veículos de mídia já substituíram a qualidade jornalística pelas métricas de volume de audiência faz tempo... eles querem espectadores que assistam mais e mais, não pessoas que pensem.

    É exatamente por isso que temos que ver Pica-pau passando na TV na hora da qualificação e que vemos a Stock Car no Brasil fazendo aquele "espetáculo" para inglês ver (na minha opinião, tá!) que serve para atrair o público leigo mais do que os que gostam de automobilismo.

    Neste ponto, eu, como você, profissionais da comunicação, devemos mesmo apontar o dedo para nossos colegas e lembrar que não estão fazendo seu trabalho. E isso é muito triste!

    Audiência é dinheiro na mão. Qualidade não obrigatoriamente.

    Aquele abraço!

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    1. Sua noção de jornalismo é elevada, Eilor.

      A lembrança da Stock Car foi precisa. Ficou até a ideia para uma coluna.

      Abraços!

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    2. Stock Car é um excelente tema para você trazer ao debate, Campos!
      Só não digo que eu escreveria exatamente porque assisti muito esporadicamente para opinar com precisão.
      Mas seria mais um debate acalorado para o Blog!

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